Transformou-se num assunto que extrapola a capacidade de simples análise. É de se questionar as dinâmicas que caraterizam tudo que tem acontecido e ocorrido nos últimos tempos neste pequeno país cravado no dorso na África Ocidental. Onde a ideia da dignidade humana, enquanto valor supremo da vida, foi e serviu de argumento da luta de Amílcar Cabral.
A velocidade dos eventos e casos que se sucedem no que tem a ver com a violação dos Direitos Humanos e a integridade das pessoas é deveras intrigante. A sucessão dos eventos não nos permite uma análise e discussão madura sobre as situações, não há tempo de mastigar nada. Tudo tem acontecido numa jactancia que escapa a nossa capacidade de análise sobre tudo isto, sobre esta Guiné dos dias de hoje, é como se pudéssemos olhar para Guiné-Bissau, sabendo da sua epopeia, dos discursos que fundaram o seu Estado e perguntar– mas o que é isto?
Depois da conturbada cimeira de CPLP, em que muitas questões foram levantadas- sobre a legitimidade do país em receber ou não a Cimeira, sobre o que muitos consideram de impactar negativamente a cimeira, ou seja, ausência dos presidentes de Portugal, Brasil e Angola, passou-se a falar de cadáver encontrado no rio Mansoa, um assunto que tem merecido atenção de muitos segmentos da sociedade guineense e internacional. Situação que ainda merece esclarecimentos das autoridades existentes. Após esta situação, no mesmo calor da situação, ontem, mais um episodio, trata-se de agressão do Jornalista, Delegado da RTP África em Bissau, Waldir Araújo.
Enfim,
Por estes dias, além do habitual, nota-se e se sente um cansaço e sensação de impotência do povo guineense perante tudo o que se passa e o que se tem vivido nesta terra de gente humilde e simples, mas que não se lhes compreende a tamanha infortúnio e desgraça que tem se abatido sobre este povo. Incompreensível.
Apenas no resta perguntar, como se adiantasse, nos dias que se ocorrem- para onde se caminha a Guiné-Bissau?