Há duelo lusófono esta quinta-feira em Luanda. Angola e Cabo Verde, jogam para as meias-finais do Afrobasket-2025, campeonato africano de basquetebol sénior masculinos. O jogo desperta enorme expectativa e é tema de conversa entre os adeptos dos dois países.
Um jogo que se espera com forte emoção e falado em português, assim será a disputa para o acesso às meias finais do Afro Basket que Angola está a organizar. De um lado, a equipa da casa, a mais titulada em África, que quer resgatar o título. Do outro, uma seleção que já demonstrou ser forte e nos últimos anos tem estado entre as melhores do continente.
Angola e Cabo Verde entram para a Arena do Quilamba, em Luanda, num jogo previsto para as 19 horas, com ritmos de semba e funaná e a vontade de vencer. Os adeptos angolanos admitem não ser um jogo fácil, mas acreditam que a vitória é uma certeza.
“Obviamente que a Angola vai ganhar, porque do último Afro Basket que a Angola ganhou, para mim foram surgindo as soluções mais fortes que temos agora. Então eu acredito que vamos ganhar”, diz um adepto, secundando por outro amante da modalidade.
“A Angola vai ganhar. Só estou à espera de uma vitória da nossa seleção, mas também estou a levar em conta que Cabo Verde está muito forte e nós não estamos a apostar um basquetebol de dizer taxativamente que vamos ganhar A ou B”.
E no meio de angolanos também há cabo-verdianos. A comunidade é extensa. Alguns até dizem-se divididos. Todavia, o coração está no país das ilhas.
“Estou mesmo dividido. Eu como cabo-verdiano angolano, 40 anos de Angola. Sinceramente, a Angola está jogando muito bem. Será um jogo complicado. Depois de Angola, a equipe é anfitriã, mas também tem o crédito da nossa seleção. Tem um núcleo de jogadores com muita confiança. Eu acredito que vão lutar até o fim. Eu sou mesmo um cabo-verdiano genuíno e vai ser mesmo um fujo na cachupa”.
Assim será o prato servido por mwangolês e budjuras no Afro Basket que a Angola organiza.
O selecionador angolano Pepe Claros pede a máxima concentração dos atletas e o apoio do público e diz que, nesta fase, não há jogos fáceis.
“Todos são difíceis. Todos são complicados. Todos têm a sua problemática. Todos vão vir a jogar ao máximo, ao seu limite. Todos representam o seu país e querem fazer o melhor possível. Se alguém pensa que há um equipo mais fácil que outro, é que não sabe o que é alta competição. Aqui não há nada fácil”.
E a treinar Cabo Verde há vários anos está um angolano. Emmanuel Trovoada, que já é filho das ilhas e deixou um recado.
As expectativas em torno do Angola Cabo Verde que jogam esta quinta-feira, nos quartos do final do AfroBasket 2025, num duelo falado em português.
José Silva – Correspondente RDP África em Luanda