O antigo primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Aristides Gomes, considera que o país tem de entrar num novo ciclo e pôr fim às sucessivas perturbações políticas. Em entrevista à RDP África, afirma que as novas autoridades não apresentam argumentos que justifiquem o golpe de Estado e espera uma posição firme da CEDEAO.
Aristides Gomes, investigador a viver em França mas com intervenção política ativa nos últimos meses, acredita ainda que Umaro Sissoco Embaló reúne hoje menos apoios entre os líderes da região.
Também sobre a situação na Guiné-Bissau falou Augusto Santos Silva. O antigo presidente da Assembleia da República de Portugal alertou para a detenção de Domingos Simões Pereira pelos militares responsáveis pelo golpe que impediu a divulgação dos resultados eleitorais.
Santos Silva sublinhou a preocupação da família, que exige provas de que o líder do PAIGC está vivo, e afirmou, numa publicação no Facebook, que nenhum democrata pode ficar indiferente à ilegalidade da detenção e ao perigo que o dirigente enfrenta. Acrescentou ainda que abundam indícios de que o golpe militar foi “mais uma encenação” em favor do antigo presidente da Guiné-Bissau, Umaro Sissoco Embaló.