Volvidos 51 anos da luta de Cabral, o que aconteceu, foi tudo quanto Cabral temia. De fato, a independência tem sido resumida em apenas Hino e Bandeira. A educação guineense é das mais precárias da África, onde 44,4% das crianças com idade escolar não frequentam a Escola, mais de 60% da população é analfabeta, terras aráveis não aproveitadas, sem um plano nacional de Desenvolvimento ambicioso e viável. Tudo isto, fruto da matança, permita-se a expressão, do Estado. Guiné-Bissau, projetada através duma liderança capaz e visionária, hoje tudo quanto lhe tem faltado é a liderança. Parece que os exemplos de Cabral não servem, aliás, apenas para Guiné-Bissau.
51 anos de independência sem um horizonte definido. O país continua a ser motivo de chacota internacional, de uns tempos para cá, passou a estar muito associado à droga, através dos famosos aviões que lhe tem visitado, como o último, que terminou com apreensão de carga de droga. Tem sido desta forma, quando não é um Deputado, magistrado presos na posse de entorpecentes, é o próprio Estado que recebe, a luz do dia, no seu Aeroporto, produtos do tipo.
Enquanto isso, Umaro Sissoco Embalo vive no seu delirismo, crente e fiel a sua forma de ver e entender as coisas, como o fato dele acreditar que “reposicionou” a Guiné-Bissau no Concerto das Nações. Um delírio mesmo.
Ainda, para se recordar, mais uma vez, Umaro Sissoco Embalo fez questão de ausentar durante o dia da independência, e, mais vez, não houve ato oficiais do Estado.
Enfim, os tempos continuam a ser de dor e esperança. Contudo ainda vai a tempo de construir na Pátria Imortal a Paz e o Progresso.