Natural de Cantchungo, Sociólogo de formação, fundador e Ex Diretor do INEP-Instituto Nacional de Estudo e Pesquisa, Carlos Lopes é, por mais uma vez, considerado o economista do ano pela renomada Financial Afrique e uma das Personalidades africanas mais influentes pela New African Magazine.
É raro, mas, Carlos Lopes, como costumo e tenho hábito de dizer, é um dos quadros e intelectuais africanos cuja teoria não se distancia da prática.
Existe uma praxis no pensamento de Carlos Lopes. Recentemente, num post que fiz na rede social, eu dizia de que não existe a diferença entre aquilo que o professor Carlos Lopes fazia no INEP- e aquilo que faz hoje pelo mundo. Isto, apenas porque eu precisava dizer a uns certos desavisados o seguinte: se Guiné-Bissau quer jogar na liga dos que, em África, têm somado feitos e conquistas, precisa prestar atenção em receitas que de fato funcionam, seria melhor, aliás, até porque Carlos Lopes lidera este grupo dos fazedores das receitas que têm provocado mudanças de forma incrementada e eficiente no continente, nomeadamente convocando os africanos sobre a necessidade da mudança de mentalidade.
Dono de um pensamento estruturante, um pensador fecundo e ousado, um guineense modelo e um africano com caraterísticas para liderar uma nova geração do pensamento de que precisa o continente. As narrativas de Carlos Lopes são e constituem uma espécie de semente para os nossos debates:
Lopes foi um membro ativo e importante em vários programas das Nações Unidas, com passagens pelas Agências modelos da organização como a UNITAR e UNECA .
Liderou o programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento no Brasil e tem reconhecido o seu contributo no processo de Desenvolvimento do Brasil, durante a Gestão do presidente Lula.
Carlos Lopes ainda participou ativamente e juntamente com outros importantes pensadores africanos que encabeçaram a construção da Agenda Africana- 2063, condensando um conjunto de visões, ambições e metas para o continente.
Ultimamente, após deixar as Nações Unidas, Lopes tem se focado e concentrado muito na produção académica e intelectual, com temáticas que vão desde a Migração, mitigando as narrativas falsas sobre a questão do Clima, Demografia , Economia, Comércio, questão energética, Novas Tecnologias, Juventude e Agricultura, sobre a necessidade de modernizar a agricultura no continente, passando de uma etapa de mero produtor de commodities para ser um agente de transformação, fato que resolveria muitos problemas, dentre eles o desemprego dos jovens.
É o que se pode encontrar nos seus últimos livros- Africa em Transformação e Mudanças de Perceção.