O Governo do Brasil indicou como o seu enviado especial para África de COP30 o guineense Carlos Lopes. Atualmente Professor honorário na Nelson Mandela School of Public Governance e implicado em vários processos e agendas que envolve o continente africano.
Sua relação com o Brasil e os governos Lula,
A propósito da Indicação do Professores Carlos Lopes pela presidência Brasileira, faço questão de deixar aqui uma nota de enquadramento que demonstra o quão antigo é sólida a relação de Professor Carlos Lopes com o Brasil,
Entre as atividades do Diplomata e Docente, Carlos Lopes tem uma presença notável, de grande impacto e notável no Brasil e entre os brasileiros.
Representante de PNUD no Brasil, onde teve e deu um grande e importante contributo nos anos em que por lá ficou, em termos de várias políticas e agendas que permitiu o Brasil alcançar metas e desafios que constituíam a preocupação e prioridades do governo Lula, seja na matéria da governação e metas do desenvolvimento e assim como no estreitamento de laços entre Brasil e África. A título de Exemplo, C.L acompanhou e moderou o diálogo com Lula sobre relações de Brasil com África no Fórum Económico de Lagos, Nigéria, onde discutiram as possibilidades e potencialidades que África pode oferecer ao mundo, sobre desafios do continente, papel que Brasil pode jogar em África, necessidade de eliminar um pouco o preconceito que se tinha e ainda tem sobre o continente.
Durante o seu tempo de Diplomata (e académico ao mesmo tempo) de ONU no Brasil, envolveu-se em várias iniciativas, assessorou processos e assim como coordenou vários projetos a partir de Gabinete de PNUD em Brasília, lecionou e ajudou na construção de teorias e debates que foram fundamentais para o mundo intelectual brasileiro. Proferiu palestras e Aulas Magnas um pouco por todo o Brasil, exemplo dessa sua relação com o Brasil, teve e recebeu vários prémios como Honoris Causa pela Universidade Cândido Mendes, Comendador, Ordem do Cruzeiro do Sul, por Decreto do Presidente Fernando Henrique Cardoso, [2000), Comendador, Ordem do Mérito Cultural (maior distinção cultural do Brasil), por Decreto do Presidente Lula em 2005
Por tanto, é uma escolha acertada devido o domínio de Prof. Carlos Lopes detém nas questões e debates como Net-Zero e os principais debates sobre questões ambientais e climática em África, etc. Basta dizer que preside o conselho da Fundação Africana do Clima. Carlos Lopes deu e tem dado um importante apoio e subsídios ao Instituo Lula desde a sua fundação. Poderia fazer desfilar aqui um conjunto ações e atividades que C.L desenvolveu e ainda desenvolve no Brasil.
Para quem conhece as narrativas de Prof. Carlos Lopes, quando se trata de África, pode basta prestar atenção nos discursos do Presidente Lula, quando se refere o continente africano, facilmente perceberá elementos que anunciam uma certa cumplicidade de ideias entre os dois.
Isto, para dizer que não foi uma simples escolha, trata-se de um africano, guineense, cuja valências e experiências adquirida sobre os temas do debate Global, tem muito a dar e a oferecer ao Brasil e não só.
Sempre que, ao exemplo das minhas aulas, palestras, etc., falo de Carlos Lopes, faço questão de dizer que, muito das despreparadas políticas guineenses se gabam de ter amizades com países aqui e acolá, sempre digo, muitos destes países contam e tem contado com Professor Carlos Lopes no processo de definição e alinhamento das estratégias, nomeadamente a económica.
Lá está, talvez aqui caiba aquele proverbio do bom profeta e sua terra.