A semana fica marcada por notícias que dão conta de que, felizmente, parece haver uma luz verde ao fundo do túnel que tem servido de abrigo para as conversas e negociações entre as estruturas do Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Governo da República Democrática de São Tomé e Príncipe.
O anúncio agora tornado público de que, as autoridades são-tomenses e o FMI, chegaram a um renovado acordo de nível técnico para apoiar o ajustamento económico e as políticas de reformas de que o país necessita com urgência, é, com toda a certeza, um passo decisivo com vista à conclusão das negociações finais, para que finalmente seja possível o nosso país voltar a ter um novo acordo ao abrigo da facilidade de crédito alargado e, assim, poder voltar a obter financiamentos junto dos seus parceiros de desenvolvimento.
Trata-se de um bom sinal para Governo de STP e, sobretudo, um sinal positivo para o povo são-tomense, face às inúmeras dificuldades que o país enfrenta no que ao financiamento das políticas públicas mais imediatas.
Contudo, como em todos os acordos, haverá certamente contrapartidas e cedências da parte são-tomense, o que obrigará e exigirá das autoridades a adoção de políticas e medidas de ajustamento difíceis, mas necessárias, a fim de reequilibrar as contas públicas, melhorar os níveis das suas reservas internacionais e reequilibrar a dívida pública do país.
Infelizmente, os altos custos com importação de combustíveis para produção e eletricidade continuam a representar um dos principais desafios que o Governo de STP, na difícil missão de garantir que a economia continue a funcionar sem constrangimentos e, ao mesmo tempo, de preparar o processo de transição energética verde de forma sustentável. STP terá, assim, de adotar, a breve trecho, medidas que reduzam a excessiva dependência externa no que a produção de eletricidade diz respeito, aproveitando melhor os recursos naturais locais, bem como todas as potencialidades profissionais dos jovens-quadros são-tomenses.
O Objetivo final do ambicioso programa de reformas das autoridades são-tomense, a ser definido com o FMI, deverá ter como missão fazer despoletar todo o crescimento macroeconómico do país e criar as condições para que o Estado não deixe de cumprir as principais tarefas a que se encontra adstrito.
Fundamental ainda se mostra ainda que, no quadro o acordo técnico agora aprovado, a futura negociação com vista à assinatura de um acordo final de facilidade de crédito alargado defina ainda o instituir de uma nova cultura de melhor controle e gestão de despesas públicas, buscando melhor afetar os recursos disponíveis de forma mais eficiente, a fim de garantir a satisfação sobretudo das necessidades e despesas consideradas essências.
Por isso, em presença de um novo acordo técnico com FMI, creio que habemus uma nova oportunidade para, desta vez, fazermos diferente e melhor, colocando sempre as pessoas em primeiro lugar.