Haverá eleições na Guiné-Bissau?
Os Bissau guineenses estão reticentes quanto a realização das eleições para eleger um novo parlamento e consequentemente um novo executivo. Isto porque, o que se sabe até o presente momento, apenas as coligações e partidos tidos e conhecidos como aliados ao Umaro Sissoco Embalo tiveram candidaturas aceites no Supremo Tribunal de Justiça. De recordar de que, o Supremo, no caso do Partido da Renovação Social-PRS, reconhece e anotou o congresso extraordinário dos Inconformados do PRS liderado por Felix Nanndungue ao passo que no caso de MADEM-G15, é a ala contestatária liderada pela Adja Satu Camara Pinto que foi reconhecida pelo STJ para concorrer as próximas eleições presidenciais.
Uma situação que espelha o aprofundar da crise política guineense, para não dizer mais uma crise. PAI TERRA RANKA, vencedora das últimas eleições, APU-PDGB, PRS liderada por Fernando Dias e Madem-G15 comandado por Braima Camara, continuam de costas viradas com USE, através duma relação que se vai crispando cada vez mais, não se sabe ao certo a que Porto este novo episódio pode levar os guineenses. Um mar de imprevisibilidades e incertezas assombra a Guiné-Bissau, isto numa semana em que presidente do PAIGC, para muitos, presidente legitimo de ANP, foi impedido de viajar para Genebra, onde participaria de uma sessão da União Interpalametar- UIP, digo para muitos, pois, como se deve saber, no mês passado, Adja Satu Camara foi imposta como a nova presidente de ANP. Claro, uma flagrante violação das leis e dos estatutos que regem a constituição da Camara Parlamentar guineense.
Estas situações que tem caraterizado o Estado guineense, transformaram-se no principal handicap de processo de desenvolvimento que o país poderia ter, aproveitando algumas potencialidades estratégicas que tem, infelizmente, a classe política guineense tem sido incapaz de produzir respostas para os problemas. Enquanto isso, Umaro Sissoco Embalo continua a ser Alfa e Omega de tudo isto.
Ampus!