Há muitos a estudar aqui neste país europeu. Só no ano letivo passado, mais de 22 mil alunos dos PALOP estavam a estudar em Portugal. Uma pequena minoria eram bolseiros, menos de 10%. Vamos esmiuçar estes números com a jornalista Susana Lemos.
Vieram por conta própria ou com bolsas, algumas pagas pelo país de origem.
Nesse caso, ingressaram no ensino superior por via do regime especial D, ou seja, regimes especiais para aceder ao ensino superior em Portugal. De acordo com dados do Ministério Português da Educação a que a RDPM África teve acesso, no total estavam cá em Portugal, no ano letivo passado, 22 mil e 54 educandos dos PALOP. Vamos agora perceber quantos têm os estudos patrocinados e por quem.
Através do regime especial D, e aqui estão incluídas as bolsas pagas pelo país de origem e bolsas atribuídas pelo Camões Instituto da Cooperação e da Língua, chegaram 1.308 estudantes, já com bolsa da DGES, Direção-Geral de Ensino Superior, 258 formandos. Feitas as contas, destes 22 mil e 54 estudantes dos PALOP no Ensino Superior Português, 1.611 eram bolseiros, os restantes, mais de 20 mil e 400, vieram por conta própria.
Dos que ingressaram com bolsas pagas pelo país de origem, em primeiro lugar surge Cabo Verde, com perto de 400 alunos, seguido de Moçambique e da Guiné-Bissau, quase em igual número de bolseiros, 371 e 370.
Com número bem mais reduzido, 75 surge São Tomé e Príncipe e, por último, Angola, com 59 bolseiros. De acordo com os dados fornecidos à RDP África pela DGES, o curso com maior procura é o de Ciências Empresariais, com pouco mais de 6 mil e 400 alunos africanos, com bolsa. Em segundo lugar vem o de Engenharia e Indústrias Transformadoras e Construção, com mais de 4 mil e 500 alunos.
Já com cerca de 2 mil e 500, os cursos de Saúde e Proteção Social e o de Ciências Sociais. Artes e Humanidades, Serviços, Tecnologias de Informação e Ciências Naturais, quatro cursos cada um com entre mil e mil e 500 alunos. Com pouca procura as formações da Educação e Agricultura, o primeiro com pouco menos de 700 alunos e o segundo com perto de 500.
Há ainda quatro alunos, de acordo com o Ministério da Educação, em área desconhecida.