– Quando em 2016, Umaro Sissoco surgiu, de forma repentina como…primeiro ministro de Guiné-Bissau, a minha pergunta na altura foi seguinte- mas, como alguém pode ser primeiro ministro sem ter participado das eleições legislativa? Ainda que José Mário Vaz demitiu o governo de Domingos Simões Pereira, a constituição ainda lhe dava outras possibilidades, claro, dentro da lei e da norma constitucional.
Mas, o intrigante mesmo era- quem é esta figura que estava assumindo o cargo de PM sem ter participado e concorrido à eleição?
Umaro Sissoco apareceu como um vulto, enfim, a partir de então, a sociedade guineense passou a conviver com o fenómeno Umaro Sissoco.
— Impulsivo, egocêntrico, excessivo, desmedido, instável, desprovido de decoro e alguma gentileza que se espera de um titular de cargo tão importante e fundamental num estado.
Este fenómeno é que vai assumir, apesar de todas as polemicas e controvérsia que carateriza a sua eleição, a presidência da República de Guiné-Bissau. A partir de então, USE conseguiu ser tudo, menos um presidente, não teve o tempo para presidir a República, nunca conseguiu ser supra-parte, enfim, perdeu os 5 anos em outros expedientes que não se coadunam com o perfil desejado e esperado de um presidente.
USE foi mais um provocador, tratou com desdém as instituições do Estado, esteve disposto em responder e atacar os seus adversários, sob sua presidência, são incontáveis sequestros, espancamentos, cerceamento dos direitos e subtração dos direitos. Usou os quarteis como palco para proferir e dirigir discursos políticos aos seus oponentes.
Foram 5 anos de retrocesso, caraterizado por uma presidência que convence apenas a si própria de que relançou a Diplomacia, bem, aqui a Diplomacia toma e ganho um outro sentido e significado.
Daqui a 3 dias, termina o mandato de USE, sem data para uma nova eleição, legislativa e presidencial. Como tudo isto vai terminar, na verdade, não se sabe dizer, a única coisa que posso afirmar é que Umaro S. Embalo lançou o país para uma situação e possibilidade de caos total com o seu mandato a terminar logo amanhã, 27/02. Enfim, como cantou o renomado músico senegalês, Ismail Ló- on verra ça