O Parque Nacional de Maputo e os Ecossistemas Marinho e Costeiro dos Bijagós foram inscritos na lista do Património Mundial Natural pela UNESCO.
O orgulho nacional invade as redes sociais e marca o tom dos comunicados dos Presidentes da República de Moçambique, Guiné-Bissau, mas também de Cabo Verde e de Portugal.
Foi um domingo histórico com o reconhecimento das duas candidaturas apresentadas por estes países a património da Humanidade.
As delegações celebraram na sede da UNESCO, como relata Rosário Salgueiro, correspondente da Rádio e Televisão de Portugal em Paris.
Ao fim de um dia de emoções intensas, Miguel Gonçalves, director do parque Nacional de Maputo, dava a voz à imensa alegria construída ao longo de ano, fruto de muitas vontades.
E Miguel Gonçalves, já premiado nacional e internacionalmente, destaca os contributos que permitiram que isto acontecesse.
A UNESCO fez recomendações, como explica o director do Parque Nacional de Maputo.
Miguel Gonçalves apresenta o parque.

Parque de Maputo
Também na Guiné Bissau, multiplicaram-se as manifestações de alegria.
Ao fim do dia de domingo, na sede do IBAP, dezenas de pessoas reuniram-se para celebrar este feito, Fátima Tchuma Camará.
A inscrição destes dois sítios na lista do Património Mundial Natural traz responsabilidades e é um estímulo para políticas públicas que signifiquem o bem estar para as populações e a protecção da riqueza natural.
Ambos os processos resultam de trabalho de equipas técnicas nacionais e internacionais ao longo de anos.
Desde o início do processo esteve Abílio Rachid. Hoje coordena um projecto da PRCM, a parceria Regional para a Conservação da Zona Costeira e Marinha, que visa reforçar a conservação e gestão do arquipélago. Foi o primeiro coordenador da Reserva da Biosfera Bolama-Bijagós, liderou o processo para a nomeação. Abílio Rcahid falou com Fátima Tchumá Camará.
Os dois dossiers contaram com o apoio de governos parceiros, agências, blocos de países e também de fundações como a MAVA de Luc Hopffman à qual esteve ligada Charlotte Sahid.
Charlotte que acompanhou também de perto este processo de candidatura e continua a trabalhar na conservação na África Ocidental destaca a importância desta entrada.
Charlotte Sahid tem trabalhado de perto com a Directora Geral do IBAP, Aissa Regalla de Barros, e há décadas com a equipa de uma ONG, a Tiniguena, fundada por Augusta Henriques, que tem sido fundamental na ligação com as comunidades numa gestão verdadeiramente participativa.
Miguel de Barros, o Director Executivo da Tiniguena falou com a RDP-África:
O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos felicita as comunidades, o IBAP, a Tiniguena e parceiros e deixa alertas:
O Deputado da Nação e Filho das Ilhas Bijagós Mando Camará tem tido um papel importante na sensibilização e consciencialização das comunidade local.
Outro técnico que contribuiu para o processo é António Pires, conhecido como Tozé.
O Director nacional do património cultural no Ministério da Educação e Cultura de Moçambique, Célio Tiane considera que a inscrição pela UNESCO do parque nacional de Maputo na lista de património mundial da humanidade não foi obra do acaso.
Moçambique, diz, tem motivos de sobra para celebrar depois de, em 1991, ter visto a ilha de Moçambique ser classificada como um bem de interesse mundial.
Carlos Serra , ambientalista, professor universitário, destaca as oportunidades que esta entrada abre.
Quanto aos Bijagós, Mando Camará, deputado e natural do arquipélago, que tem contribuído para a sensibilização das comunidades, expressa a imensa satisfação.
As comunidades e a forma sábia como têm protegido a biodiversidade foi saudada pela UNESCO.
A RDP -África deu grande destaque a este tema ao longo de toda a manhã, nos noticiários e também na Hora dos Ouvintes que pode ouvir aqui.
Entrevistas feitas por Fátima Camará, Paula Borges, Orfeu de Sá Lisboa e Manuel Matola