Imagem de Que 2025 possa ser um ano de consensos em STP 

Que 2025 possa ser um ano de consensos em STP 

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Que 2025 possa ser um ano de consensos em STP 

Não raras as vezes, a perceção do poder é tão importante quanto o próprio poder de facto.  

2024 está a terminar e vários foram os acontecimentos políticos e sociais que marcaram a vida e agenda da sociedade são-tomense. Contudo, foi no tabuleiro do jogo político que todos assistimos, sem grandes surpresas, a confirmação da já de si bastante crónica dificuldade dos nossos governantes, decisores administrativos e líderes políticos têm em encontrar e formar consensos alargados em torno de projetos estruturantes para o sucesso da governação e o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe (STP).  

Do acordo militar entre STP e a Rússia às novas taxas aeroportuárias, passando pela atenção um tanto desproporcional em torno dos temas como o da defesa, segurança e combate a eventuais ameaças de terrorismo e/ou pirataria na nossa sub-região, o destaque vai para a disputa entre o Presidente da República (PR) e o Primeiro-Ministro (PM) pelo controlo das Forças Armadas. Essa disputa alterou o quadro do bom relacionamento institucional a que todos estávamos habituados a assistir e que deveria imperar entre dois dos mais importantes órgãos de soberania do nosso país.   

Este facto, que por si só, faz com que o país e suas instituições políticas, órgãos e serviços do Estado se desviem daquilo que é essencial: trabalhar em conjunto, com foco em resolver os problemas que afetam a vida dos são-tomenses e tornar STP numa nação próspera, com oportunidades para todos.  

Como um presságio daquilo que poderá ser 2025, o PR, por ocasião da sua participação no jantar de Natal com as forças armadas de STP, deixou várias mensagens subliminares.  

O PR, ao seu estilo muito peculiar, mandou recados que, infelizmente, parecem indicar a existência uma grave falta de entendimento, cooperação e, sobretudo, de lealdade e solidariedade institucional entre os principais órgãos de soberania.  

Mas, feliz ou infelizmente, somos todos filhos do São Tomé, apóstolo defensor do “ver para crer”.  É por isso que todos desejamos que 2025 possa ser um ano de consensos, marcado por mais e melhor entendimento em torno do que é essencial para o nosso país.