De sermos protótipo de tudo quanto é Sui Generis. Já provamos ser capazes de fundar um Estado no mato, dando a prova inequívoca, ensinando o verdadeiro sentido da Liberdade e Independência para o mundo civilizado.
Como dizem os novos chefes de Dakar:” Ce que nous voulons, c’est une véritable indépendance, au sens le plus vrai du terme, comme celle de la Guinée-Bissau”.
De glorioso feito, logo em 1998, mudamos, e de forma radical o conceito de Homem- os novos Homens protagonizaram desfile militar com bazucas e Grades onde as mulheres cozinhavam e as crianças inocentemente brincavam. De fato, eram demasiadamente homens. Os nossos homens fizeram guerra no Capital (risos).
Enfim, fizemos prova ao Amílcar Cabral- fomos os únicos protagonistas em estragar a coisa mais bela que construímos- a nossa Pátria. Ninguém mais nos ajudou.
Mas, não estamos assim tão mal, esperam aí, temos a Faculdade do Direito, embora apenas para isso, uma forma de dizer: Cristãos Novos, aliás, novos Doutores.
Agora, conto-vos esta- a dias, vi uma senhora, aparentemente de Etnia Pepel, pepel de Ondame, discutia energeticamente com a colega, tentando convencer a colega que, pela norma, deve ser o Direito a orientar a lei e não ao contrário. Um Debate que depois não teve futuro.
Também vivemos os novos tempos, os nossos irmãos e vizinhos de Kentira (Guiné-Conacri) que nos concertavam sapatos que compramos em Fuca Ndiye1 agora emitem pareceres sobre a Tríade de Charles Louis de Secoundat. Tudo sob a sombra do Suprassumo do Supremo, onde tudo passou a se resumir a um mero postulado do relativismo filosófico, de orientação sofista.
Ainda, não se deve esquecer outra uma outra questão, os miliares querem ensinar a política, os políticos se desafiam sobre quem tem mais munições e Arsenal, mais, vivemos a época das Universidades- todos, temos de dar prova de ser especialista em alguma coisa. É proibido não se especializar em alguma coisa.
Contudo, aqui, de temps en temps, a ética e moral saem de férias. É o tempo livre…
No final, seremos todos…absolvidos, afinal, pertencemos todos ao grande e afamado bairro de Pilum, onde não se sabe ao certo o que mais se realiza- Esmola de 40 dias ou missa de alma?
Para quem não sabe, este, é o retrato duma sociedade, Sociedade de Escândalo, onde o que se vê, não é o que é.