Imagem de Uma questão às Forças da Defesa e Segurança

Uma questão às Forças da Defesa e Segurança

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Uma questão às Forças da Defesa e Segurança

Faço esta pergunta porque, quando olharmos, à luz da história guineense, viremos que as forças de defesa e segurança tiveram a origem nas FARP, s, criadas por Amílcar Cabral e que ele chamava lhes apelidando- de “militantes armados”. Pois, eram militantes armados, porque, devido a circunstância da história e contexto do mundo em que viviam, foram obrigados em pegar na arma para defender o povo e, por fim, através da vontade soberana do mesmo povo, via Assembleia Nacional Popular, proclamaram o Estado Independente da Guiné-Bissau em 1973. 

A missão e o papel histórico que tiveram as FARP, s lhe granjearam um estatuto e prestígio nacional e internacional, por isso, eram chamadas de “Gloriosa Forças Armadas”. 

Assim, as Forças de Defesas e Segurança, recebem das FARP, s um legado e bastão de muita responsabilidade- proteger e defender a integridade da Guiné-Bissau em todos os sentidos e fases, por integridade, deve-se entender em primeiro lugar o povo, o cidadão guineense, contra toda ameaça e perigo que possa, fora de quadro legal, lhe deixar em situação de injustiça e violência. Proteger às leis nacionais (Condensadas na Constituição) que dão corpo e substrato a ideia do Contrato Social assinado em Boé. 

Faço esta alusão histórica para dizer o seguinte: 

Estamos em 2025, nos últimos cinco anos, como nunca antes visto, após abertura Democrática, sob uma presidência, tantos guineenses foram vítimas de tortura, espancamento, raptos de todo o tipo, por vezes à luz do dia e submetido as mais vis e abjeta forma de violência, por um grupo, diga-se de passagem, “armado não reconhecido/identificado”. 

Bem, é extramente aí onde está a minha questão, como sempre, em vários comunicados, as Forças da Defesa e Segurança se distanciam de tais atos, afirmando desconhecer os autores morais e materiais, também assim prefiro acreditar. Mas, a questão que se coloca é a seguinte- ao dizer que desconhecem tais atos, isto não lhes iliba de sua responsabilidade. Ao dizerem que são pessoas não reconhecidas, não estariam as forças de Defesa e Segurança a reconhecer que existem outras forças superior a eles? capazes de fazer e cometer tais atos?  

Mais, a FDE não estariam a dizer ao povo, nós não estamos em condições e altura de defender e cumprir o nosso juramento? Podemos ainda questionar mais, quem comanda esta força que, ales das FDS comete toda esta barbaridade? 

Bem, como já disse, posso aceitar que tudo isto que acontece na Guiné-Bissau não tem nada a ver com as FDS, aliás, não as representam. Contudo, também pergunto- se tudo isto não representam às Forças de Defesa e Segurança, então às Forças da Defesa e Segurança representam o quê? Simples questões. 

Enfim, sem fim.