Casa Portuguesa estreia hoje no Teatro Nacional D. Maria II em Lisboa.
Em data incerta, talvez no final dos anos 40, num bar de um hotel em Moçambique, três portugueses escrevem a canção Uma Casa Portuguesa, um fado pobre e alegre que reproduz um saudosismo estereotipado de uma ideia de Portugal, bem ao gosto da ideologia do Estado Novo.
Fado que, passados 48 anos de vida democrática, ainda muitos portugueses sabem de cor.
Casa Portuguesa, o espectáculo, a história (ficcional) de um ex-soldado da Guerra Colonial que, dialogando com os seus fantasmas, se vê confrontado com a decadência e a transformação do ideal de casa, de família, de país e do cânone da figura paterna.
Um trabalho de Pedro Penim, director do Teatro Nacional D. Maria II que veio à RDP África e em conversa com o jornalista João Costa Dias falou deste seu trabalho que parte de um facto real: a ida forçada do pai, como soldado português, para Moçambique.
Ouça a conversa
Entrevista: João Costa Dias
Produção: Isabel Leonor