Tito Paris está de volta ao Coliseu dos Recreios, em Lisboa, para um concerto e uma experiência única no dia 12 de dezembro. Um espetáculo em formato 360º, onde vai apresentar ao vivo o seu novo álbum, a chegar ainda este ano.
Após oito anos do lançamento do seu último disco “Mim ê Bô”, Tito Paris, acaba de anunciar que está a trabalhar no seu próximo longa duração que será editado ainda este ano, com o primeiro tema de avanço deste novo trabalho a ser desvendado já este mês.
No Coliseu dos Recreios vai poder ouvir-se um dos maiores embaixadores da música cabo-verdiana, Tito Paris, que já conquistou corações em todo o mundo, construindo pontes entre culturas e levando o semba, a coladeira e a morna aos quatro cantos do globo. Com uma carreira repleta de momentos marcantes, com mais de quatro décadas, o artista promete uma noite inesquecível, repleta de energia e emoção.
Uma carreira longa, de sucesso, que começa no seio de uma família dedicada à música, Tito Paris aprende os primeiros acordes na guitarra com a sua irmã, foi tocando com os irmãos e com o primo Bau, que também se viria a tornar célebre e recebeu a influência de músicos como o clarinetista Luís Morais e o pianista Chico Serra. Aos 19 anos ruma a Lisboa, a convite de Bana para integrar a sua banda “A Voz de Cabo Verde”.
Já em Lisboa, Tito Paris cedo começa a conquistar o seu espaço então na florescente cena da capital portuguesa, ao acompanhar Bana, Dany Silva, Paulino Vieira, Paulo de Carvalho, Celina Pereira e Vitorino. Como compositor começa a escrever para vários artistas como Bana e Cesária Évora e é aí que começa a seguir uma carreira em nome próprio. Tito Paris, aos poucos, torna-se num dos maiores embaixadores da música de Cabo Verde em Portugal. Em 1987 lança e produz o seu primeiro álbum, “Fidjo Maguado”, um trabalho que destaca principalmente o seu virtuosismo à guitarra e mais tarde, em 1994 grava o disco “Dança Ma Mi Criola”, pela editora MB Records de Boston, EUA. Em 1996 “Graça de Tchega”, o seu terceiro disco de originais, leva-o a atuar um pouco por todo o mundo e a promover a sua música e a de Cabo Verde. Em 2002, regressa a estúdio e lança “Guilhermina”, a sua música torna-se sinónimo das pontes culturais entre o mundo lusófono, o semba e a coladeira juntam-se à sua voz rouca única e que chega agora um pouco a todos os quatro cantos do mundo.
Em 2017, as pontes que tem criado entre os países de língua portuguesa levaram-no a receber a condecoração de grau de Comendador da Ordem do Mérito pelo Presidente Marcelo Rebelo de Sousa. O ano fica ainda marcado pelo regresso do músico aos discos, com o lançamento do álbum “Mim ê Bô” que conta com a participação especial do falecido rei da morna Bana, com Boss AC e o músico brasileiro Zeca Baleiro.
Agora, Tito Paris está de volta aos discos, e vai duplamente presentear os seus fãs, também com um concerto muito especial: num palco 360º, onde cada acorde, cada voz e cada ritmo se fundem numa celebração da lusofonia, da diversidade e da vida.