De 2.ª a 6.ª feira, a história, as complexas causas do conflito e os desafios com João Feijó, Investigador do Observatório do Meio Rural de Moçambique.
Mais de seis anos depois do primeiro ataque na província de Cabo Delgado, como está a região? E como e porquê mergulharam vastas zonas do norte do território num clima de morte, medo, fome, fuga.. Compreender o fenómeno do extremismo islâmico exige, diz o doutorado em Estudos Africanos, analisar as dinâmicas antigas, entre os povos da costa e do interior, descodificar uma memória transgeracional, muito para além do fenómeno religioso…
João Feijó sublinha que não é possível entender a violência extremista no norte de Moçambique sem analisar o peso dos recursos naturais que existem na zona, e a forma como são explorados.
A resposta está na terra, no trabalho da terra, naquilo que a maioria da população consegue retirar dela.
Paula Borges – Jornalista RDP África