A oitava edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea ArcoLisboa realizou-se durante o último fim de semana na Cordoaria Nacional.
Presentes mais de 100 galerias de Portugal, Espanha, Reino Unido e de outros países europeus.
Um dos destaque vai para Perve Galeria que no âmbito dos cinquenta anos das independências dos países africanos de língua oficial portuguesa expôs a antologia de Renée Gagnon, artista plástica canadiana que fotografou os musseques de Luanda há 50 anos como revela o Curador do Stand, Carlos Cabral Nunes:
O Curador do Stand da Perve Galeria na oitava edição da Feira Internacional de Arte Contemporânea ArcoLisboa destaca a técnica aplicada por Renée Gagnon as fotografias que tirou nos musseques de luanda em 1975:
A obra da escultora moçambicana Reinata Sadimba esteve em destaque no Stand da Perve Galeria, no essencial um trabalho de resistência e emancipação de uma mulher do grupo étnico maconde do norte de Moçambique.
O Curador Carlos Cabral Nunes destaca os momentos mais marcantes da vida artista:
A história de vida interessante de Reinata Sadimba transporta-nos também para o início da artista como escultora que está relacionado com uma metáfora usada pelos maconde para que as crianças não fossem a escola na época colonial:
Outro trabalho em destaque no Stand da Perve Galeria foi o de João Artur da Silva.
Após o sucesso nas feiras de arte em Seattle, Vancouver e Londres, apresentou-se de forma inédita em Portugal, ao artista plástico , fundador vivo do anti-grupo “Os Surrealistas” – no contexto de uma feira internacional de arte contemporânea que se realizou no último fim de semana na Cordoaria Nacional. As obras expostas refletiram mais de 7 décadas de trabalho entre 1948 e 2024 repartido pelo país onde nasceu: Portugal, o Reino Unido e o Canadá.
Importa referir que João Artur da Silva aos 96 anos produz, de forma contínua e multifacetada, atravessando diferentes disciplinas artísticas, desde a escultura, à pintura, à fotografia e ao desenho
António Silva Santos – Jornalista RDP ÁFRICA