O coletivo de advogados do PAIGC opõe-se severamente à reabertura do processo judicial sobre o resgate junto aos bancos comerciais em 2015, onde o seu líder, Domingos Simões Pereira, é visado. A posição foi expressa hoje pelo porta-voz do coletivo da defesa que acusa o Ministério Público de judicialização de questões políticas e de querer impedir o líder do partido, Domingos Simões Pereira, de concorrer às próximas eleições presidenciais.
Em conferência de imprensa, Otávio Lopes desferiu duros ataques contra o Ministério Público e esclarece que reverter o processo em causa é tudo menos justiça.
Aliás, o Coletivo da Defesa entende que a reabertura deste processo só visa exclusivamente impedir Domingos Simões Pereira de concorrer próximas eleições presidenciais, ainda sem uma data marcada.
“Por isso, o móbil inconfesso, a razão não assumida deste processo, o fim último visado neste processo é tão e só impedir o engenheiro Domingos Simões Pereira de se apresentar como candidato presidencial nas próximas eleições presidenciais na Guiné-Bissau, que deviam ter lugar antes do fim do mandato do Presidente da República. E esta prática reiterada de judicialização de questões políticas vai trazer como resultado um governo de juízes. Vão acabar por ser os juízes, o Poder Judicial, no seu todo, a manter esta prática inconstitucional, a decidir sobre o mérito de questões políticas”.
Além disso, Otávio Lopes acusa o Ministério Público de usurpação de competências, visto que o líder do PAIGC nunca esteve envolvido neste processo.
“Porque ele nunca foi notificado neste processo, não tem conhecimento técnico deste processo, foi investigado, julgado e condenado sem que nunca tivesse qualquer intervenção no processo”.
O coletivo de advogados do PAIGC acusou o Ministério Público de judicialização de questões políticas.
Fátima Camará – Correspondente RDP África em Bissau