Pela primeira vez na sua história de quase 50 anos de independência, Angola vai assumir a presidência rotativa da União Africana, em substituição da Mauritânia.
O chefe de Estado angolano, João Lourenço, receberá sábado das mãos do seu antecessor, o presidente da Mauritânia, Mohamed Ould Ghazouani, um martelo simbólico, e depois, deste momento, vai dirigir os trabalhos da cimeira dos chefes de Estado e do Governo do continente.
“É muito grande a expectativa à volta desta presidência da União Africana por Angola ao longo de um ano, alicerçada tal expectativa, sem dúvidas, no facto do presidente João Lourenço ser o campeão da paz e da reconciliação em África e o continente estar a viver tempos verdadeiramente escaldantes em matéria de segurança e outros desafios críticos”, afirmou Luís Fernando, porta-voz da presidência angolana.
A propósito deste momento, o ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António , disse que a presidência de Angola na União Africana vai potenciar a resolução de conflitos e o desenvolvimento sustentável do continente.
“O tema da paz e segurança nunca sairá do topo, porque é uma consciência coletiva que sem a paz e segurança nós não teremos o resto, que é o desenvolvimento. Angola também pretende trazer outros temas como a promoção, por exemplo, das infraestruturas, o financiamento das infraestruturas no continente africano, tendo em conta a nossa própria experiência através do Corredor do Lobito”, disse o ministro angolano das Relações Exteriores, Téte António , e os principais eixos da liderança do país que, a partir de sábado, vai presidir a União Africana.
José Silva – Correspondente RDP África em Luanda