As reservas de diamantes de Angola rondam os 732 milhões de quilates, revelou o diretor de Operações mineiras e gestão de participações da diamantífera pública Endiama. Miguel Vemba falava aos jornalistas à margem da Décima Semana Africana de Engenharia da UNESCO & Conferência Africana de Engenharia, que decorre em Luanda.
O Diretor de Operações Minerais e Gestão de Participações da Empresa Nacional de Diamantes de Angola, Endiama, fala do potencial do país.
Miguel Wemba destacou que, em termos de reserva, Angola estima em 732 milhões de quilates que podem render ao Estado 140 mil milhões de dólares, à volta de 125 mil milhões de euros.
“Temos cerca de 732 milhões de quilates em reserva. A colocar isso em contexto, se multiplicarmos a um preço médio de 190 a 200 dólares por quilate, nós estamos a falar de 140 mil milhões de dólares. Ou seja, nós temos 140 mil milhões de dólares, em média, na terra e nós temos que buscar maneiras de extrair este valor de forma eficiente”.
O responsável considerou ainda ser necessário encontrar mecanismos eficientes para recuperar o valor dessas reservas, citando o recurso à Inteligência Artificial.
Wemba realçou ainda que, atualmente, as reservas são mais de 90% em depósitos primários.
“As reservas que nós temos são maioritariamente de projetos primários, de depósitos primários, porque os depósitos secundários exigem uma estatística diferente, exigem um estudo diferente. Então o desafio que eu coloco é que mecanismos nós podemos identificar hoje para fazer a prospeção ao mesmo nível de qualidade dos projetos primários nos projetos secundários”.
Diretor de Operações Minerais e Gestão de Participações da Endiama, Empresa Pública de Diamantos de Angola, Miguel Wemba e as perspetivas com a produção e lucros obtidos na exploração e venda de diamantes.
José Silva- Correspondente da RDP África em Angola