Mais do que uma feira para negócios no sector da Cultura, o Atlantic Music Expo é um fator que alavanca a economia do país. Este é um dos sublinhados do ministro da Cultura e das Indústrias criativas durante a abertura oficial da 11ª edição do AME.
Há 11 anos que artistas e profissionais do continente africano e do Atlântico reúnem-se na capital cabo-verdiana para refletir sobre os desafios que a indústria da música enfrenta, estabelecer parcerias e fazer negócios na área cultural.
No início de mais uma feira, a ambição é transformá-la numa plataforma económica e cultural, conforme explica o diretor-geral do evento, Benito Lopes.
“Estamos a conseguir pôr aqui pessoas de todo o mundo. Para ano é que conseguimos também transformar o AME num ponto económico e cultural do país”.
O percurso do AME é positivo, reconhece o vereador da cultura da Câmara Municipal da Praia. Jorge Garcia chama, no entanto, a atenção para alguns desafios, a começar pela sustentabilidade da feira.
“Pelo caminho já procurado, hoje é questionar aspetos gerentes à sustentabilidade do evento e debruçar sobre a possibilidade de procurar as demais ilhas”.
Já o ministro da Cultura lembrou que o governo assinou um contrato de financiamento do AME por 5 anos, uma decisão que se justifica, sublinha Augusto Veiga, pelo potencial económico da Feira da Música do Atlântico.
“Os valores que foram movimentados na semana do AME e do Kriol Jazz, o ano passado, foram excepcionais e nem sequer nós conseguimos saber dos números todos. Por isso há uma grande aposta do governo numa área que realmente une todos os cabo-verdianos”.
Depois dos discursos, a música evadiu o palco do Auditório Nacional com um desfile de talentos, de sons de Cabo Verde e do mundo.
Carlos Santos – Correspondente RDP África
Reprodutor de áudio