A Bolsa de Diamantes de Angola, vai entrar em funcionamento no final deste ano, anunciaram as autoridades ligadas ao sector mineiro. Trata-se de um instrumento que visa proceder à venda direta deste mineral e influenciar a sua comercialização no mercado mundial.
Este é um dos temas que vai marcar a segunda conferência internacional sobre diamantes que acontece em Outubro, na cidade de Saurimo, leste do país. Entretanto, o financiamento bancário ao sector mineiro ainda constitui um desafio. Indústria mineira angolana procura vencer o dilema, onde o sector bancário considera demasiado arriscado conceder créditos na fase de prospeção aos projetos mineiros.
O setor bancário considera demasiado arriscado conceder créditos na fase de prospeção aos projetos mineiros. A título de exemplo, do total de crédito concedido à indústria extrativa, 886 milhões de kwanzas, cerca de 880 mil euros, o setor mineiro beneficiou apenas de 26 milhões de kwanzas, 25 mil euros, o que representa apenas 3% do total. Este dado consta do relatório sobre desafios de financiamento da banca a projetos de prospeção mineira, realizado pelo Centro de Estudo e Investigação Científica do Instituto Superior Metropolitano de Angola e Metro, e a empresa Bumbar Mining.
O diretor-executivo da referida empresa, Sebastião Panzo, considera que ainda existe um entrave entre a banca e o setor mineiro.
“A Banca entende que aportar algum valor na prospeção é tudo a fundo perdido e é demasiado arriscado. A indústria defende que existe uma oportunidade porque se geram ali informações que podem ser de capital importante, mas que os bancos não precisam de fazer um aporte total”.
O debate em torno dos desafios de financiamento da banca a projetos de prospeção mineira no país.
Reprodutor de áudio
José Silva – Correspondente RDP África em Luanda