A Organização do Simpósio Internacional pretende que este seja um marco inesquecível na extensa programação do Centenário do Nascimento de Amílcar Cabral.
A antiga embaixadora de Cabo Verde em Portugal e membro da Comissão Organizadora, Madalena Neves, explica que a iniciativa congrega diferentes vozes e perspetivas de análise do legado teórico de Cabral, com reflexões que se encaixam em painéis que procuram retratar a dimensão multifacetada do líder histórico do PAIGC.
“Os painéis estão estruturados para permitir trazer o contributo do pensamento de Cabral e a análise que é feita hoje, os estudos que existem sobre o seu pensamento de Cabral como agrónomo, líder, diplomata, o pensamento político 50 anos após a sua morte, e a cultura”.
Já o sociólogo guineense Miguel Barros destaca a importância de despartidarizar as comemorações do Centenário de Amílcar Cabral.
“No contexto que a Guiné-Bissau vive hoje, onde há disputas não só pela memória mas também pelo revisionismo histórico, é essencial encontrar essa sensibilidade e preocupação a nível da sociedade civil para trazer à tona a figura transnacional de Cabral, que é ao mesmo tempo um património da Guiné-Bissau, de Cabo Verde, e um património universal”.
A abertura solene do Simpósio Internacional “Amílcar Cabral, um património nacional e universal”, está prevista para as 9:30 de Cabo Verde, 11:30 em Lisboa, e será feita pelo Presidente da República, José Maria Neves.
Carlos Santos – Correspondente RDP África