Já arrancou o processo para a construção de uma nova sede Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde. Esta manhã será apresentado na cidade da Praia a versão preliminar do projeto do futuro edifício.
Há muito que se fala na necessidade de se deslocalizar o arquivo histórico de Cabo Verde. Desde a sua criação, em 1988, o serviço tem funcionado na antiga alfândega da praia. A sua localização nas proximidades de uma zona balnear, sujeito à umidade e a paredes meias com uma central elétrica, são fatores que põem em risco o acervo documental do país, (0:24) conforme explica o presidente da IANCV (Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde), José Maria Borges.
“Aquela zona é muito húmida, os armazéns têm bastante infiltração de cristais, um conjunto de problemas, mas pronto, vamos resolvendo aos poucos, mas não é o ideal. E depois há uma outra questão que é a transição para o digital”.
Uma exigência para a qual o edifício não está preparado. Por isso, em articulação com a infraestrutura de Cabo Verde, o processo que irá desembocar na construção de uma nova sede para o Instituto do Arquivo Nacional já avançou.
“Já foi lançado o concurso agora, que irá decorrer até meados de junho todo o processo para ficará fechado. A seguir vem a mobilização do financiamento para a construção do edifício”.
José Maria Borges já tem uma ideia de onde o Estado poderá ir buscar o dinheiro.
“A solução que poderá ser encontrada para a construção é procurar parceiros que estejam interessados, quiçá, naquele espaço e encontrar aqui uma resposta que poderá financiar a construção de um novo espaço e libertar aquele espaço para qualquer tipo de empreendimento”.
O Presidente do Instituto do Arquivo Nacional de Cabo Verde acredita que em menos de três anos todo o acervo documental e arquivístico do país estará conservado na futura sede.
Carlos Santos – Correspondente RDP África