Após ter sido confirmado mais um surto de peste suína africana na Boa Vista, o Instituto Nacional de Saúde Pública reúne-se hoje com alguns parceiros, na cidade da Praia, para estudar a melhor forma de ajudar as autoridades da ilha a combater a doença e a impedir que se alastre para outros pontos do país.
As análises laboratoriais de amostras enviadas da Boa Vista vieram confirmar o que se temia. A peste suína africana regressou à segunda ilha mais turística de Cabo Verde. Assim que foram conhecidos os primeiros casos, as autoridades sanitárias e a Câmara Municipal colocaram em marcha algumas medidas no sentido de travar a infeção.
Medidas que, segundo a presidente do Instituto Nacional de Saúde Pública, Maria de Luz Lima, vão ser agora reforçadas.
“Outras medidas que estão a ser trabalhadas neste momento, junto com o Ministério do Ambiente Agricultor, possam ser implementadas para, de preferência, eliminar, primeiro controlar os surtos na ilha e depois eliminar futuros surtos que possam vir a acontecer”.
Os porcos infetados devem ser isolados e deve-se também evitar o consumo de carne do animal morto devido à doença, explica a presidente do INSP, Maria de Luz Lima.
“Os que estão infetados acabam morrendo e, obviamente, que esse porco do animal morto não deve ser consumido, é proibido o consumo e é perigoso o consumo de animais mortos por doença. Medidas que estão a ser domadas, os porcos não estão a ser transportados para outras ilhas, portanto, não há nenhum risco de esta doença ir para as outras ilhas ou ser, portanto, normalmente é por contacto direto”.
Não é a primeira vez que a Ilha da Boa Vista é afetada pela peste da suína africana. Em 2015, por causa da doença, morreram centenas de porcos.
Carlos Santos – Correspondente RDP África