A CEDEAO rejeitou o programa de transição apresentado pela junta militar na Guiné-Bissau e anunciou que vai impor “sanções específicas” a todos os que obstruírem o regresso à ordem constitucional no país.
Na cimeira realizada no domingo, 14 de dezembro, em Abuja, na Nigéria, os chefes de Estado e de Governo da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental apelaram a uma transição alternativa, breve e inclusiva, que reúna e represente as diferentes forças políticas guineenses.
A Força da CEDEAO foi autorizada a garantir proteção de líderes e instituições, condenou o golpe militar e anunciou o envio de uma missão de mediação à Guiné-Bissau nos próximos dias.
O jornalista Germano Campos resume as principais conclusões da aguardada reunião dos líderes da CEDEAO.
Apesar das decisões anunciadas, a cimeira deixou de fora um dos pontos considerados centrais pela oposição guineense, como explica o analista José Gonçalves: o respeito pelos resultados das eleições de 23 de novembro, que a oposição garante estarem apurados e sustentados por provas existentes.
O sociólogo Miguel de Barros questiona: que sentido faz uma nova ida às urnas, neste contexto e depois da prova superada pelos eleitores?