Estima-se que 80 mil crianças correm alto risco de contraírem cólera à medida que a estação chuvosa começa na África Ocidental e Central. É um risco estimado pelo Fundo da ONU para a Infância (Unicef), jornalista Costa Dias:
Em comunicado, a partir de Dakar, salienta aquela agência das Nações Unidas o risco acrescido de propagação de cólera é impulsionado por surtos ativos na República Democrática do Congo e na Nigéria que aumentam a ameaça de transmissão transfronteiriça para os países vizinhos. Chade, República do Congo, Gana, Costa do Marfim e Togo também enfrentam epidemias em curso, enquanto o Níger, a Libéria, Benin, República Centro-Africana e Camarões permanecem sobre estreita vigilância devido à sua vulnerabilidade, refere a Unicef.
São necessários esforços urgentes e intensificados para evitar uma maior propagação e conter a doença em toda a região, sublinha aquela agência das Nações Unidas.
De acordo com o diretor regional da Unicef para África Ocidental e Central, Gilles Falignot, as fortes chuvas, as inundações generalizadas e o elevado nível de deslocação estão todos a alimentar o risco de transmissão da cólera e a colocar em risco a vida das crianças. Mas, diz aquele responsável, com o acesso à água potável e as condições de higiene já terríveis, são necessárias medidas urgentes. Esta é uma questão de sobrevivência, sublinha.
Na República Democrática do Congo, o país mais atingido da região, o Ministério da Saúde notificou ainda este mês mais de 38 mil casos e 951 mortes, sendo as crianças com menos de cinco anos responsáveis por 25,6% dos casos.
No Chade, foram notificados 55 casos suspeitos de cólera, incluindo quatro mortes. Já no final de junho, a Nigéria tinha registrado 3.109 casos suspeitos de cólera e 86 mortes em 34 estados.