O Presidente da República de Moçambique, Daniel Chapo, apresentou esta manhã, no Parlamento, em Maputo, o seu primeiro discurso sobre o Estado da Nação.
O discurso acontece num contexto marcado pela recessão económica e pelos protestos pós-eleitorais, que provocaram mais de 400 mortos. A intervenção serviu igualmente como balanço dos primeiros 12 meses de mandato.
Daniel Chapo, o primeiro chefe de Estado moçambicano nascido após a independência, sublinhou três momentos que considerou especiais nesta primeira ida ao Parlamento enquanto Presidente da República.
De seguida, o Presidente destacou os momentos-chave da governação.
Daniel Chapo lembrou depois os primeiros oito meses de governação, fortemente afetados pelas manifestações pós-eleitorais registadas no final de 2024.
O chefe de Estado destacou ainda a força do povo moçambicano na resolução dos problemas que desafiam o país.
Na sua intervenção, Daniel Chapo lembrou também as vítimas do crime organizado e do terrorismo, sobretudo no norte de Moçambique.
Ao longo do discurso, o Presidente fez referência ao que classificou como seis meses de destruição, resultantes da instabilidade económica e das manifestações pós-eleitorais violentas.
Daniel Chapo apontou ainda números concretos da destruição registada no país.
Com o apoio de imagens exibidas no plenário, o Presidente enumerou o que foi destruído durante os protestos e destacou o que ainda há por fazer, nomeadamente a recuperação de cerca de 50 mil postos de trabalho perdidos.
Para além das manifestações políticas, Daniel Chapo sublinhou que os ciclones agravaram ainda mais o quadro social e económico de Moçambique.
O quinto Presidente eleito de Moçambique voltou a destacar a independência económica como uma meta central da sua governação, assente em três pilares fundamentais.
E acrescentou que existem ainda outros pilares estratégicos a sustentar esse objetivo.
Além da vertente económica, o Presidente da República destacou também o reforço da segurança interna como uma das prioridades do seu Governo, num contexto marcado pelo crime organizado e pelo terrorismo, sobretudo no norte do país.
Num outro setor sensível, o do funcionalismo público, Daniel Chapo deixou uma mensagem de esperança aos trabalhadores do Estado, reconhecendo as dificuldades existentes e prometendo melhorias graduais nas condições de trabalho e de vida.
O chefe de Estado fez ainda referência a infraestruturas consideradas estratégicas para o desenvolvimento económico do país, sublinhando a importância do Corredor de Nacala e do Porto da Beira para a dinamização da economia nacional e regional.