O avançado estado da erosão pode provocar o desaparecimento da vila da Ilha de Moçambique, a primeira capital do país. O alerta é do presidente do município, que garante que tudo está a ser feito em busca de fundos para trabalhos de reabilitação e da reposição do muro de proteção.
A erosão acentua-se e coloca em causa a existência da Ilha de Moçambique, património mundial pela UNESCO desde dezembro de 1991, diz Momad Ali.
“O que está sendo feito agora é fazer um estudo sobre quais são as intervenções necessárias (0:19) para que efetivamente haja proteção daquele muro e daquela ilha no seu todo. Já houve intervenções anteriores, nós como Edilidade neste mandato começamos a fazer algumas intervenções, mas fomos descobrir que os problemas são mais complexos do que apenas fazer a contenção do próprio muro. É preciso olhar para a estrutura da própria ilha”.
O Autarca da Ilha de Moçambique revela que o ciclone Jude acelerou o nível da erosão, o que obrigou a muitas famílias a abandonarem as suas residências.
“Estamos a falar de 347 famílias, já temos parcelamento, temos espaços, ainda continuam em tendas, mas nós desenvolvemos um protótipo de casas e agora estamos a mobilizar recursos. Entendendo que também temos a prerrogativa de buscar alternativas de financiamento, também estamos a fazer aplicações e contactos com os nossos parceiros de cooperação”.
A Ilha de Moçambique, situada na província de Nampula, foi a primeira capital do país.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo
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