Imagem de Funcionários judiciais de São Tomé em greve
Sede do Tribunal de Primeira Instância de São Tomé e Príncipe

Funcionários judiciais de São Tomé em greve

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Funcionários judiciais de São Tomé em greve

Os funcionários judiciais de São Tomé e Príncipe iniciaram esta manha uma greve por tempo indeterminado para exigir melhorias salariais. O início da paralisação coincide com a abertura do novo ano judicial cuja a cerimonia esta agendada para esta sexta feira.

O reajuste salarial é a principal reivindicação do sindicato dos funcionários judiciais de São Tomé e Príncipe, que entraram esta manhã em greve.

“Tendo em conta que já há sete anos nós sofremos um aumento salarial, e então junto ao governo disse que não tem como aumentar o salário básico nesse exato momento, então que por vias de alguns subsídios poderíamos ajudar a aumentar pelo menos alguma coisa em cima do nosso salário. Então são tantos subsídios que nós temos direito na forma de equilibrar o nosso salário”.

Laurindo Vicente, líder do sindicato dos funcionários judiciais, lamenta a recusa do governo face à proposta avançada, ou seja, assegurar o pagamento dos subsídios para compensar o baixo salário.

A greve, que coincide com a abertura de novo ano judicial, foi decretada por tempo indeterminado. O governo diz que está aberto para negociar, mas avisa que não faz política com o salário.

“As preocupações dos associados do sindicato dos tribunais judiciais são preocupações que nós temos que assumir que são legítimas, mas falando no ano em que estamos a fazer o ajuste salarial, a resposta é a mesma que eu tenho dito a todos. Nós não podemos desde já avançar, porque nós temos uma quantidade fixa que há de ser aprovada ao nível do Orçamento Geral do Estado, e uma vez com esta aprovação é que depois nós vamos fazer a redistribuição por todos os serviços da Administração Central do Estado, incluindo os serviços e fundos autónomos, que inclui os tribunais  judiciais, a Assembleia Nacional e também o órgão de soberania, Presidente da República”.

Gareth Guadalupe, ministro do São Tomé e Príncipe da Economia e Finanças, a propósito da greve dos funcionários judiciais.

Óscar Medeiros – Correspondente RDP África em São Tomé e Príncipe