O Governo são-tomense demitiu a direção dos serviços prisionais e reinserção social, na sequência da fuga, em julho, de “reclusos altamente perigosos”. O anúncio consta de um comunicado do Ministério da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, assinado pela ministra da tutela, Ilza Amado Vaz, após ser apresentado ao Governo o resultado do inquérito aberto a 24 de julho e que decorreu durante 30 dias.
Atendendo às conclusões do relatório de inquérito, a ministra da Justiça, Ilza Amado Vaz, anunciou a demissão de todo o corpo diretivo da Direção-Geral dos Serviços Prisionais e de Reinserção Social, liderada nos últimos três anos pelo superintendente da Polícia Nacional, Denilson Cunha.
Em substituição, o governo nomeou a subintendente Nayir Marcia de Mata, a primeira mulher a ocupar o cargo.
No comunicado, a ministra da Justiça refere que o governo mandou instaurar cinco processos disciplinares aos oficiais superiores dirigentes, oficiais subalternos, chefes e agentes pelos atos, comportamentos e omissões tipificados como violação dos deveres e obrigações previstas nos termos do Estatuto da Função Pública.
Por outro lado, o governo orientou o novo corpo diretivo para, com caráter de urgência, reforçar os mecanismos de segurança nos serviços prisionais, imprimir mais rigor e profissionalismo no cumprimento das leis e dos regulamentos, incluindo a concretização das recomendações contidas no relatório do inquérito
Josimar Afonso em serviço especial para a RDP-África
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