As manifestações convocadas pelo candidato presidencial, Venâncio Mondlane, que não reconhece a vitória atribuída pela Comissão Nacional de Eleições à Frelimo, estão a criar impactos na economia em Moçambique. A constatação é do Grupo Moçambicano da Dívida, que desenha um cenário de futuro ainda mais sombrio.
Para esta Organização da Sociedade Civil, a continuidade das manifestações contra os resultados eleitorais perspetiva um futuro negativo para a economia nacional.
“Pior com estas que não só paralisam as pessoas, não vão trabalhar, lojas fechadas e depois vandalizar. Pior. Então, ainda que não haja violência, isto a continuar significa parar a economia. O nosso receio é que, a repetir-se isto, todos os dias, por mais tempo, acaba tirando crédito [às próprias manifestações]. Os nossos credores acabam dizendo que não vale a pena investir em Moçambique”.
João Utui, do Grupo Moçambicano da Dívida, questiona a dificuldade dos órgãos eleitorais e não só em trazer a verdade eleitoral para junto do público.
“Por que é que as pessoas têm medo de trazer a verdade eleitoral, mesmo que venham para fundamentar e provar e mostrar que não, as pessoas estão erradas ao pensar assim porque a verdade é esta. Tragam isto, não custa nada, é só isto”.
Em conferência de imprensa, o Grupo Moçambicano da Dívida condenou a onda de manifestações que têm sido marcadas também pela violência policial.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África