A seis dias das eleições gerais na Guiné-Bissau, acumulam-se os alertas de especialistas para a importância de garantir transparência e um apuramento rigoroso nas mesas de voto. Juristas e académicos, ouvidos pela RDP África, sublinham que é essencial antecipar eventuais irregularidades e reforçar os mecanismos de controlo no próprio dia.
Braima Mané, economista e professor universitário em Lovaina, na Bélgica, destaca que a vigilância e o acompanhamento permanentes nas assembleias de voto, serão determinantes para assegurar a credibilidade do processo. Braima Mané analisa esta ida às urnas.
Também o jurista Néxus Faria, mestre em Direito, considera que a legislação eleitoral guineense possui instrumentos capazes de proteger a vontade popular. Contudo, reconhece que o processo apresenta vícios que exigem uma atenção redobrada.
A jurista e ativista Carmelita Pires, ouvida pela agência Lusa, deixou igualmente um alerta: os guineenses vão às urnas no próximo dia 23 para escolher um novo Parlamento e um novo Presidente. No entanto, “pouco ou nada se sabe” sobre os candidatos a deputados, afirma. Para a jurista, o debate político privilegia a disputa presidencial, deixando o papel do Parlamento para segundo plano.
A RDP África vai dedicar, esta semana, vários espaços informativos às eleições gerais na Guiné-Bissau, com destaque para um debate entre candidatos e uma “Hora dos Ouvintes” especial.
Estas eleições contam com mais de 966 mil recenseados.