Seis das pessoas detidas desde o golpe de estado na Guiné-Bissau foram libertadas ontem à noite, anúncio feito em comunicado pela Junta Militar que tomou o poder. Mas os políticos continuam detidos.
Saíram da segunda esquadra dois motoristas as e quatro elementos da segurança ligados a Domingos Simões Pereira e a Octávio Lopes, mas os dois políticos e outras figuras destacadas de forças politicas mantém-se detidos.
O autodenominado Alto Comando considera que esta medida constitui “o primeiro escalão de um plano de libertações graduais que será executado, de forma metódica e condicional, dependendo da evolução do clima de segurança e da estabilização política do país”.
E escreve mais: “Exorta a comunidade nacional e internacional a reconhecer este gesto como prova do compromisso irrevogável com um processo de transição ordenada que priorize o interesse da nação guineense”
e que o processo de libertação “prosseguirá de forma paulatina em momentos a serem determinados pela autoridade militar”.
O comunicado termina em letras maiúsculas com “PELA NAÇÃO E PELA OREDM”.
E, no primeiro parágrafo, avança com expressões como estas que qualificam as ações dos próprios militares: “ato de clemência, sinal inequívoco de boa fé, compromisso com a normalização constitucional e pelo respeito pelo direito internacional”.
Fontes da RDP África explicam que os homens agora libertados não queriam sair, mas que os ainda detidos insistiram para que o fizessem. Estes homens foram determinantes, nomeadamente, para a entrega segura, nos últimos dias, de alimentos e isso gera agora grandes preocupações.
Paula Borges – Jornalista RDP África