A extração de carvão mineral, no distrito de Moatize, em Tete, e o abate indiscriminado de recursos florestais, em vários pontos da província, estão a criar impactos ambientais negativos para as comunidades. Quem o diz é a Associação de Apoio e Assistência Jurídica às Comunidades.
A poluição ambiental resultante da exploração de carvão mineral em Moatize é o efeito mais visível do problema, queixa-se Gemusse Gália da Associação de Moradores.
“Temos a poluição do soro, das águas, e a coisa mais crítica que é a poluição do ar, que é a coisa mais visível, não precisa ser estudado para ver isso, está lá exposto. Temos a deslocação forçada, temos ruídos e vibrações”.
Associa-se à poluição o rol de preocupações à seca e inundações como consequência das alterações climáticas e onde a exploração dos recursos naturais preocupa as comunidades, diz Felizarda Malene, da Associação Galamukani.
“E sabemos que o distrito de Tete ou a cidade de Tete, Doa e Mutarara são também com frequência pontos em que sofrem dos desastres naturais, sobretudo as cheias. E temos também os outros distritos como Marara, Changara e outros que têm a componente de estiagem ou a seca”.
As preocupações foram apresentadas na cidade de Tete durante um seminário sobre os desafios da indústria extrativa no contexto do avanço das mudanças climáticas.
O evento foi promovido pela Associação de Apoio e Assistência Jurídica às Comunidades e juntou também membros do governo.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo
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