Os médicos residentes no Hospital Central de Maputo suspenderam a greve iniciada a 1 de junho para exigir do governo o pagamento das horas extras em dividas e a melhoria das condições de trabalho neste hospital referência em Moçambique. O anúncio surge após acordo alcançado com o Executivo que promete pagar horas extras este mês.
Domingos Viola, que é o presidente da Associação Médica de Moçambique, deixa um aviso ao governo para as consequências do incumprimento das promessas feitas e que ditaram a suspensão da greve no Hospital Central de Maputo.
“Estabelecemos que se o governo não cumprir com aquilo que efetivamente se comprometeu, que é fazer pagamento de uma parte, pelo menos, das horas extraordinárias neste mês de junho,
a Associação Médica irá convocar os médicos ao nível nacional para uma reflexão e, evidentemente, uma proposta de uma paralisação ao nível nacional”.
O presidente da Associação Médica de Moçambique destaca, entretanto, avanços na resposta ao caderno reivindicativo submetido pela classe ao Executivo.
“Boa parte dos colegas que tinham dívidas, por exemplo, que tinham folhas salariais em que os seus subsídios não constavam lá, na sua maior parte já estão resolvidos. Sobram alguns casos, é verdade. A questão dos médicos que trabalhavam sem salário também, na sua maior parte já tem os casos resolvidos”.
Os médicos querem ver respeitados os seus direitos em Moçambique. Para já está suspensa a greve dos médicos residentes no Hospital Central de Maputo, esta que estava em vigor desde o dia 1 de junho.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo