O consórcio eleitoral Mais Integridade está insatisfeito e preocupado com a intolerância política demonstrada por alguns partidos, durante a campanha eleitoral rumo às eleições gerais de 9 de outubro. Ao invés de difundir propostas de governação, os partidos trocam insultos, destroem cartazes, colocando desta forma o processo em causa.
A campanha eleitoral, iniciada a 24 de agosto e se prolonga até o dia 6 de outubro em Moçambique, prossegue pela sua terceira semana consecutiva. Contudo, o consórcio Mais Integridade revela a preocupação com algumas situações.
“Não é benéfico que nestes processos eleitorais tenhamos confrontos. A ideia é mantermos o momento de festa durante este período onde cada um dos partidos tem a oportunidade de apresentar o seu manifesto eleitoral, que será aquilo que vai ser o plano de governação. Mas em algumas situações nós registamos esses confrontos, mas a própria lei eleitoral, quando falamos da destruição de cartazes e mesmos confrontos, classifica como ilícitos eleitorais que também podem ser vistos e punidos à luz da lei penal. Então, nós queremos que a campanha eleitoral seja um momento tranquilo e de paz, onde cada um pode verificar qual é a melhor escolha que vai fazer no dia 9 de outubro”.
A Frelimo, Renamo, MDM, representados no Parlamento, e o partido extra-parlamentar Podemos são os mais visados, diz a coordenadora do consórcio Mais Integridade, Augusta Almeida.
“Tiveram muitos confrontos nesta última semana. Entre a Frelimo e a Renamo houve necessidade de chamar-se à Unidade de Intervenção Rápida para poder responder. E também registamos destruição de cartazes e panfletos colados na parede. Esta destruição é por parte de todos os partidos. Então, nesta última semana nós registamos um aumento, de facto, significativo”.
A campanha eleitoral em Moçambique prossegue hoje pelo seu 27º dia consecutivo dos 45 previstos rumo às eleições gerais de 9 de outubro.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo