O Ministério da Saúde de Moçambique vai introduzir um sistema de rastreio para travar o roubo de medicamentos do Sistema Nacional de Saúde. A falta de fármacos nas farmácias e nas unidades sanitárias deve-se a este fator, diz o ministro moçambicano da Saúde, Ussene Hilário Isse.
Para o Ussene Isse, as recorrentes queixas dos utentes do Serviço Nacional de Saúde são legítimas, mas garante que os fármacos existem, mas é preciso acabar com os desvios que se assistem no setor.
“Está lá a disponibilidade, mas a pergunta que se coloca sempre é: por que é que, quando o doente chega à farmácia, lhe dizem que não há medicamento? Aí é onde está o problema. O que é que está a acontecer? Há um trabalho interno que estamos a desenvolver para resolver este assunto. O medicamento sai do depósito para a farmácia ou para o depósito do hospital. No depósito do hospital, já para o doente, começa a faltar.”
O ministro da Saúde de Moçambique falava durante o encontro que manteve com os deputados da bancada parlamentar do MDM, que através do chefe de bancada, Fernando Bismarques, manifestou outras preocupações.
“Estamos preocupados com as críticas recorrentes, as reclamações que têm sido apresentadas pela sociedade no funcionamento da saúde, as greves silenciosas que ocorrem, que têm tido um grande impacto no atendimento”.
Para já, o ministro da Saúde de Moçambique, Ussene Isse, garante que trabalhos decorrem no terreno, com vista a escutar as comunidades sobre as suas preocupações e encontrar soluções.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo
Reprodutor de áudio