No coração de Maxaquene, um dos bairros periféricos da capital moçambicana, entre a mini-mercearia da Lila e o ponto de venda da Amélia, falamos com Maria.
Ela é mesmo do Maxaquene, desde que nasceu, em 1973. É aqui que vende legumes.
Como é que olhas para a atual situação do país e para as dificuldades do dia-a-dia?
“Está difícil de Maxaquene. Este país aqui não é país de nada, porque estão a castigar as pessoas”.
Florbella, tens 19 anos, acabaste a 12ª classe, querias entrar na faculdade, não conseguiste. Como é que olhas para aquilo que está a acontecer aqui em Moçambique?
“Essa violência não está nada fácil. Eu tenho em casa três irmãos que vão fazer exame. E já há uns que nem foram fazer teste. Não sei como é que vai ser ao longo do tempo, porque eu acho que tem exame em casa”.
Florbella, de 19 anos, ao lado da sua mãe, aqui com o repolho, o tomate, o pepino, os pimentos, as cebolas, que cultiva e que aqui tenta vender para garantir o sustento da família.
Também ao lado delas, Maria, uma das mulheres com quem falamos no bairro Maxaquene.
Paula Borges – Jornalista RDP África