Sem meias palavras, foi assim Alexandre Munguambe, secretário-geral da OTM Central Sindical.
“Nos últimos 10 anos, com muita tristeza e lamentação, o Movimento Sindical Moçambicano foi excluído pelo partido e pelo governo em vários processos da vida política, económica e social do país, com destaque para os seguintes aspetos: marginalização, exclusão e isolamento no que se refere à participação, debate e consulta sobre assuntos de interesse nacional”.
E mais ouviu o candidato presidencial da FRELIMO, Daniel Chapo, no encontro com os sindicatos.
“Em 31 de dezembro de 2023, terminou o contrato-programa que foi elaborado entre o governo de Moçambique e as centrais sindicais. Estamos a falar da OTM, assim como a ONP e o Sindicato Nacional de Jornalistas. Era suposto que este contrato-programa fosse renovado, com efeito a partir de 1 de janeiro de 2024, mas o que aconteceu foi que o governo, de forma unilateral e sem pré-aviso nem explicação, ficou no silêncio absoluto até o presente momento”.
Os sindicatos dos trabalhadores manifestam igualmente preocupação com a falta de sindicalização na função pública moçambicana, assim como o impacto do terrorismo para a classe trabalhadora na província nortenha de Cabo Delgado.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo