O Centro de Democracia e Direitos Humanos (CDD) promete levar ao Tribunal Penal Internacional o antigo chefe de Estado, o comandante-geral da polícia, entre outras figuras ligadas ao governo liderado por Filipe Nyusi. Em causa estão as mortes de cidadãos indefesos durante as manifestações pela verdade eleitoral
Para o diretor do Centro da Democracia e Direitos Humanos, devem ser responsabilizados todos os envolvidos nas mortes de cidadãos durante as manifestações decorrentes da não aceitação dos resultados das eleições gerais de 9 de outubro.
“São polícias que mataram, é verdade, mas havia dirigentes grandes, havia um presidente naquele tempo, havia um comandante-geral naquele tempo. O processo de concurso, mas a este nível grande não abrimos. Estamos ainda a concluir o trabalho da identificação. É o trabalho da identificação que vai nos dar uma ideia completa, que vai nos dar a indicação de que este foi um massacre”.
As mortes de civis por parte das Forças de Defesa e Segurança não podem ser ignoradas, diz Adriano Nuvunga.
“Somente em Maputo já estamos a 90% desse trabalho de confirmação. Confirmamos 348 vítimas mortais. O trabalho de confirmação ainda continua da diferença entre as 600 ocorrências de mortes”.
De acordo com o relatório do Centro da Democracia e Direitos Humanos, mais de 600 pessoas podem ter sido mortas durante as manifestações de protesto contra os resultados das eleições gerais de 9 de outubro, e cuja vitória foi atribuída a FRELIMO e ao seu candidato presidencial de então já investido Presidente da República.
Orfeu de Sá Lisboa – Correspondente RDP África em Maputo