As Nações Unidas querem que após a eleições legislativas de 2026 haja no mínimo 40 por cento de mulheres no parlamento são-tomense, conforme determina a atual lei de paridade aprovada em 2022.
O representante da ONU no país iniciou nesta quarta-feira, contatos com a Assembleia Nacional, Partidos políticos e Rede da Mulheres Parlamentares para preparar a entrada de mais mulheres no parlamento e nos órgãos do poder local.
Dos 55 deputados que compõem o Parlamento santomense na atual legislatura, apenas oito são mulheres, o que corresponde a cerca de 17%, ainda muito aquém do que determina a lei de paridade, ou seja, a participação mínima de 40% de mulheres no Parlamento.
As Nações Unidas lamentam a fraca presença de mulheres santomenses na vida política e querem que os partidos políticos cumpram a lei.
“É importante que os partidos políticos já comecem a trabalhar na sensibilização, nas formações e assegurar também que os membros ativos do partido já tenham as mulheres preparadas para assumir essas funções, para já se candidatar também para as eleições”.
Eric Overvest, coordenador-residente do Programa das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe. Em 2026, o arquipélago, com cerca de 120 mil eleitores, terá eleições gerais.
O representante da ONU também considera que o histórico de mulheres presidentes das câmaras distritais não é satisfatório.
“Também a lei de paridade não é só para a Assembleia Nacional, é também a nível distrito. Quero dizer também que os partidos políticos precisam de candidatas a nível local”.
Na sequência do pedido do governo santomense, as Nações Unidas prometem apoiar financeiramente os próximos atos eleitorais no país, mas avisam que é preciso cumprir a lei de paridade, que determina a participação mínima de 40% de mulheres na vida política.
Óscar Medeiros – Correspondente RDP África em São Tomé