Em 2025 assinalam-se os 50 anos das independências de Angola, Moçambique, Guiné-Bissau, Cabo Verde e São Tomé e Príncipe, uma data de enorme significado histórico, político e cultural para os países lusófonos e para a memória coletiva destes países.
A RTP irá preparar um vasto plano de cobertura editorial das comemorações levadas a cabo pelos diferentes países.
O trabalho desenvolvido pela rádio e pela televisão pública irá incluir várias reportagens desenvolvidas pelas direções de informação, um espaço de entrevistas com figuras marcantes da Independência, bem como semanas temáticas para cada país, com emissões dedicadas a cada um deles. Teremos uma programação específica, que visa dar voz às histórias, às pessoas e às transformações que marcaram o último meio século.
Já se encontram em exibição alguns conteúdos, como “Moçambique, da Guerra e da Paz“, na RTP África. Uma série que mergulha na história recente de Moçambique, revisitando os momentos cruciais da sua luta e os anos turbulentos da guerra civil que se seguiu. Recentemente estreou também “Canções da Liberdade“, uma série que pode ser ouvida na RDP África e que presta homenagem à música de intervenção africana que marcou profundamente o processo de independência. Um trabalho que é o resultado de vários anos de investigação do jornalista Nuno Sardinha, que refere que os 50 anos das independências africanas “são uma oportunidade histórica para recuperar a memória de quem, em África, fez da música a arma na luta pela liberdade”. São ainda vários os formatos que estreiam brevemente, como é o caso de “Nascidos com a Independência“, já no dia 31 de maio, às 21h00, na RTP África, um documentário que nos conta como foi crescer numa época em que as nações se reinventavam. Ainda em junho teremos o programa da RDP África, “Filhos da Luta“, onde Fernanda Almeida e Paula Borges dão voz aos filhos dos heróis das lutas pela independência. Já em julho, podemos contar com “Histórias de Luta, Legados da Liberdade“, uma série de entrevistas, onde os entrevistados foram selecionados rigorosamente e estão relacionados com os ganhos da Independência.
Esta é uma forma de a RTP promover o conhecimento, a memória e o diálogo entre povos que partilham uma história comum e uma língua que os une. As comemorações dos 50 anos das independências africanas serão, assim, um momento de reflexão e de celebração, onde as vozes africanas ganham centralidade e reconhecimento.