A Conferência das Nações Unidas para o Clima segue a meio caminho em Belém do Pará, no Brasil, num momento marcado por apelos crescentes à ação global. Entre as vozes mais escutadas no encontro está a do Papa Leão XIV que, esta segunda-feira, pediu aos líderes religiosos presentes na COP30 que adotem “medidas concretas” para travar as alterações climáticas que ameaçam o planeta.
Na sua intervenção, o Papa alertou que a humanidade “está a falhar na resposta ao aquecimento global”, sublinhando que a crise climática já tem impacto direto nas populações mais vulneráveis e exige compromissos imediatos e verificáveis. O chefe da Igreja Católica insistiu que as organizações religiosas têm um papel essencial na mobilização para a proteção do planeta, defendendo que o combate às alterações climáticas não pode ficar dependente apenas dos governos, como explica o jornalista João Costa Dias.
O discurso do Papa soma-se à participação de cardeais num debate sobre os compromissos da Igreja com a defesa da vida e dos territórios, que aconteceu na Green Zone da COP30.
A conferência prossegue em Belém do Pará nos próximos dias, com negociações sobre financiamento climático, redução de emissões e mecanismos de adaptação para países particularmente expostos aos efeitos do aquecimento global.