O primeiro-ministro são-tomense afirmou que a má gestão e o roubo são os principais motivos da falta de medicamentos e consumíveis nos hospitais e postos de saúde. O governo garante a chegada de mais dois lotes de medicamentos e consumíveis nos próximos dias, mas avisa que vai apertar o controle e a fiscalização.
Depois do primeiro lote que chegou ao país no último sábado, o diretor do Fundo Nacional de Medicamentos, Hermitério Sacramento, garantiu a vinda esta semana de mais dois lotes de medicamentos e consumíveis por via érea.
“Enquanto isto, a via marítima está sendo organizada e, em breve, nós daremos informações da data precisa da chegada do lote completo por via marítima”.
Enquanto o governo organiza o abastecimento de medicamentos e consumíveis, o primeiro-ministro anunciou medidas para combater o roubo e a má gestão.
“Vamos tomar uma série de medidas que passam por equipas de fiscalização, que passam por uma melhor coordenação também com a ordem dos médicos, que passam pela informatização dos serviços e também, provavelmente, para uma outra política de recuperação de custo. Contudo, é a responsabilização de todos os atores do sistema de saúde”.
Patrice Trovoada sabe que se assim não for não será possível manter o soco de medicamentos e consumíveis.
“Toda gente sabe aqui que se nós não melhoramos a gestão – mesmo esse medicamento que toda a gente reclama -, vão aparecer a ser vendidos no mercado, nas clínicas de cada um aí no frigorífico (também) vão vender e vamos recomeçar com uma situação de rutura”.
São medidas do governo para resolver a principal causa da greve dos médicos santomenses, iniciada na quinta-feira passada.
Óscar Medeiros – Correspondente RDP África em São Tomé