O chefe de Estado cabo-verdiano esteve esta segunda-feira na Universidade de Coimbra para proferir a palestra “Cabo Verde 2075 – Nova Terra”. Um regresso carregado de simbolismo: foi ali que, em 1981, iniciou o curso de Direito — um sonho interrompido por decisão política.
Durante a sua intervenção, José Maria Neves partilhou esse episódio pessoal: contou que foi quase forçado pelo então Primeiro-Ministro, Pedro Pires, a deixar Coimbra e seguir para o Brasil, onde acabou por estudar Administração Pública.
Disse tê-lo feito com desgosto, mas por dever. E usou o momento para reforçar uma convicção: o futuro de Cabo Verde depende da aposta séria na qualificação do seu capital humano:
A Universidade de Coimbra já formou centenas de quadros cabo-verdianos. Atualmente, mais de 200 jovens do arquipélago estudam ali — parte de uma geração que pode, no futuro, ajudar a moldar a “nova terra” de que fala o Presidente, José Maria Neves.
Carlos Santos – correspondente RDP África na Praia