Na Guiné-Bissau, foram marcadas para novembro as próximas eleições legislativas. O anúncio, jornalista Gaëlle de Castro, foi feito ontem pelo Presidente Umaro Sissoco Embaló.
Na recepção de cumprimentos de novo ano por parte de representantes de diferentes instituições guineenses, Umaro Sissoco Embaló sustentou que o seu mandato termina a 4 de setembro e que por essa razão irá marcar as eleições presidenciais para novembro, convidando quem não concordar com essa data a ir ao mesmo tribunal que tinha dito que o seu mandato começava a contar a partir do dia 4 de setembro de 2020.
O chefe de Estado tomou posse simbolicamente a 27 de fevereiro de 2020, num hotel em Bissau, numa altura em que estava em curso um contencioso eleitoral que seria decidido no Supremo Tribunal de Justiça a 4 de setembro desse ano, dando-lhe a vitória nas presidenciais que disputou numa segunda volta com Domingos Simões Pereira.
A oposição ao regime de Embaló afirma que o seu mandato termina no próximo dia 27 de fevereiro, com o argumento de que aquele exercício é válido a partir do dia da posse do Presidente, pelo que, a partir do dia 28 de fevereiro, este deixará de ser presidente legítimo da Guiné-Bissau.
As legislativas antecipadas deveriam ter lugar a 24 de novembro passado, mas foram adiadas pelo chefe de Estado guineense por sugestão do governo que alegou falta de condições técnicas e financeiras.
Umaro Sissoco Embaló aproveitou para adiantar que, se for reeleito presidente da Guiné-Bissau, não realizará nenhuma consulta popular sem antes efetuar as primeiras eleições autárquicas no país.