O presidente da Liga dos Direitos Humanos da Guiné Bissau está a ser alvo de perseguição, dizem vários dirigentes da oposição e também elementos da sociedade civil. Na origem dessa perseguição estão as denúncias feitas por Bubacar Turé, como conta a jornalista Paula Borges.
Mais do que denúncias, Turé deixou desafios aos jornalistas para que investiguem as várias irregularidades no setor de saúde guineense e, entre essas irregularidades, a verdadeira capacidade de resposta do novo serviço de hemodiálise, que em todo o mundo é um serviço muito complexo.
Um especialista ouvido pela RDP África há momentos realça que um serviço como este exige profissionais altamente capacitados, água filtrada em permanência, abastecimento de energia sem interrupções, catéteres especiais, envolve elevados custos.
O presidente da Liga dos Direitos Humanos levantou-se em suspeitas sobre muitas mortes, mas disse também que será preciso apurar as circunstâncias, todas as envolventes, como noutros casos.
Isto foi, no entanto, suficiente para, como denunciou a Liga, homens não identificados terem ido no sábado a casa de Turé para buscas ilegais e também para agentes terem revistado um barco que chegou ontem à tarde das Ilhas.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos tem marcada para esta manhã uma conferência de imprensa.
A Ordem dos Advogados e o Espaço de Concertação das Organizações da Sociedade Civil já vieram manifestar a indignação e a preocupação também os ex-primeiros ministros Nuno Nabiam, Domingos Simões Pereira e Aristides Gomes.
Paula Borges – Jornalista RDP África
Reprodutor de áudio