O governo sudanês anunciou hoje que permite que as agências humanitárias entrem pela fronteira de Adre, crucial para a ajuda chegar a zonas da região do Darfur atingidas pela fome.
De acordo com as agências internacionais a luz verde é dada por mais três meses a partir de 16 de Fevereiro.
O investigador do ISCTE – instituto universitário de Lisboa – Eugénio Costa Almeida considera que esta decisão poderá ter sido um acordo de interesse das partes em conflito e questiona se existe segurança no Sudão.
As Nações Unidas e os parceiros reforçaram hoje em Genebra um apelo de mais seis mil milhões de dólares (5.7 milhões de euros) para o Sudão, considerando que é a maior operação humanitária deste ano.
O investigador Eugénio Costa Almeida considera tratar-se de um pedido um pouco arrojado numa altura em que existe uma guerra no Ocidente.
A guerra civil do Sudão está a aproximar-se do terceiro ano e deixa um legado de fome.
As Nações Unidas calculam que 12 milhões de pessoas estão deslocadas o que equivale a um terço de toda a população sudanesa.
Cristina Magalhães – Jornalista RDP África